Theatro São Bento - Marilia's first cine-theatre here in June 1929. The bigger placard says 'A carne e o diabo' (Flesh and the devil) a 1926 MGM silent production with Greta Garbo & John Gilbert directed by Clarence Brown. The smaller sign on the right corner says 'A cicatriz escarlate' (The scarlet brand) a 1927 silent-serial-drama in 10 chapters directed & starred by Neal Hart plus William Quinn & Lucille Irwin.
Hotel São Bento on Avenida Sampaio Vidal; if you look hard at the back of the Hotel you'll see a smaller building with the roof painted with the words Theatro São Bento. It was the first cine-theatre built in town. June 1929.
photo taken from Avenida Sampaio Vidal corner Rua Espirito Santo, a one-block street that led to the train tracks. On the right side one can see the Chevrolet dealership established in a wood plank house; going down the street in the centre you can see Theatro São Bento. Later, Rua Espirito Santo had its name changed to Rua Armando Sales de Oliveira.
Then, in 1941, Empresa Theatral Pedutti built Cine Marilia, a bigger and better movie house on Avenida Sampaio Vidal, the main street.
São Bento (Saint Benedict) one of the two main Catholic churches in town built their own small movie-theatre circa 1950 which was called Cine Juventude Católica.
Cine São Luiz on rua 9 de Julho in the late 1930s.
Cine São Luiz façade when men wore suits & hats and boys were short-pants.
Cine São Luiz seen on the left on rua 9 de Julho in the late 1940s.
Cine São Luiz during a graduation in the early 1950s.
Cine São Luiz in 1962.
Cine São Luiz in the early 1970s when 'spaghetti' westerns were all the rage.
Cine Marília
Cine Marília in the 1940s. Radio Club de Marília was on top of Cine Bar.
another angle a little earlier. Judging by the cobblestones still around it must be circa 1941.
gorgeous Cine Marilia looked like a 1940s radio set, didn't it?
Cine Marilia in all its magestic Art-Deco exuberance.
It's probably 1955 judging by Edificio Marília at the background and the car going past Cine Marilia.
Cine-Bar on the right circa 1958.
glorious Cine Marília where I spent many a Sunday-afternoon in fairy-land.
a very select audience at Cine Marilia during the 1940s.
Cine Marilia during Marilia's Festival on 9 September 1960.
Marilia as I've known it... probably 1961 or 1962 judging by the Volkswagen beetle on the main drag. Look at the horse-cart called 'charrete' on the left of the picture.
cycling through the Main Drag... Marília in the 1950s.
Even though it's too over-expopsed one can see Cine Marilia's façade pretty well.
Some social activity in front of Cine Marilia marquee in 1944. The population gathered pieces of aluminium and scrap metal to help Brazilian industry during World War II.
aerial view taken circa 1942. Cine Marilia is the largest building in the city.
Marilia had style with such a nice avenue like this...
Cine Marília foi inaugurado em 4 Fevereiro 1941, uma terça-feira. Para comemorar, o prefeiro João Neves Camargo determinou o calçamento da Avenida com paralelepípedos até a frente do novo cinema.
Propriedade da Empresa Theatral Pedutti, com 1500 cadeiras e 700 gerais. Aparelhagem da Western Electric de ultima geração importada dos Estados Unidos. O predio tinha evestimento de mármore negro no piso da sala de espera marmores verdes nas paredes. Os funcionários usavam paletó e e camisa branca, gravata borboleta na cor bordeaux.
As sessões eram às 19,00 horas, mas às 18,30h os primeiros cinéfilos começavam a chegar.
No Cine Bar, Paulo Centrone prepara as cestas com balas e chocolates que eram vendidos pelo guri Darcy, negrinho simpático e sempre sorridente.
Os prefixos musicais que abriam as sessões ao som do gongo, que mais marcaram foram: 'Pequena cruz do teu rosário', com Carlos Galhardo, 'Moon Time' e 'Theme from a Summer Place' com Percy Faith.
O programa da inauguração foi:
1. abertura e trailler
2. Cine Cruzeiro
3. Ilha da Madeira (curta metragem)
4. Adeus Mr. Chips, (Goodbye Mr. Chips) com Robert Donat e Greer Garson.
'Goodbye Mr. Chips', produção britânica da MGM norte-americana, foi lançado no final de 1939, para concorrer no Oscar ainda daquele ano. Não teve quase chance alguma contra '... E o vento levou' que levou o Oscar de 'melhor filme', melhor atriz (Vivien Leigh) etc. Clark Gable, no entanto, perdeu para Robert Donat o prêmio de 'melhor ator'... algo que o público não perdoou. Robert Donat sumiu... nunca mais conseguiu relevância alguma. Foi quase que uma vingança do público contra aquele que tirou o cobiçado 'Oscar' de Red Buttler...
Na verdade, Louis B.Mayer teve sua 'mãozinha' por trás da escolha de Robert Donat como 'melhor ator' de 1939. O ganancioso produtor sabia que '... E o vento levou' já tinha conquistado tudo que poderia levar... e ele precisava urgentemente de publicidade para 'Goodbye Mr. Chips' que ele tinha produzido na Inglaterra... daí Mayer deu seu 'jeitinho', que, no final, acabou se tornando uma taça envenenada para Robert Donat... ganhou mas não levou!
Greer Garson, por outro lado, se tornou a 'preferida' de Mayer, que tinha um fraco por ruivas, e levou o 'Oscar' de 'melhor atriz' por 'Mrs. Miniver' pelo ano de 1942.
Nos Tempos do Cine Marília
Quem é de Marília ou aqui está há bastante tempo, vai se lembrar com certeza do nosso primeiro cinema, do Cine Marília;
Daquele prédio imponente na esquina da Campos Salles com a Sampaio Vidal.
Cine Marília dos festivais de cinema, onde a nata artística do país se reunia para concorrer a prêmios de melhor filme, ator, atriz, direção, etc.
Cine Marília das histórias de amor; quantos namoros que ali começaram e quantos casamentos vieram.
Cine Marília, marca registrada da cidade menina, da Marília que crescia e se desenvolvia com rapidez.
Cine Marília do 'seu' Zezinho, dos lanterninhas que levavam os atrasados as poltronas; da 'bombonier', onde comprávamos chicletes e balas deliciosas.
Cine Marília do Ezequiel, o velho Ezequiel, que se tornou história.
Cine Marília, dos comissários de menores, que sempre tentávamos burlar suas vigilâncias para entrar em filmes proibidos-para-menores, e quando pegos, além de não conseguir entrar, ainda ouvíamos um sermão como se de um pai.
Cine Marília que tinha como vizinho o Cine-Bar, que era um “point” onde freqüentávamos após as sessões.
Cine Marília das interrupções, que as velhas fitas sempre provocavam ao se arrebentarem.
Cine Marília de todos, mas, que de maneira especial o trato como meu; ali tive momentos memoráveis como criança, ao ir aos domingos as “matinés”, onde assistia bons filmes e os tradicionais seriados, que, sempre paravam em momentos cruciais, para anunciar que
continuaria no próximo domingo.
Cine Marília de minha juventude, onde com mais seis amigos (éramos chamados de sete homens e um destino), pois em tudo estávamos juntos; mesmo em sessões lotadas sempre tínhamos nossos lugares reservados pelo 'seu' Zézinho ou pelos lanterninhas que
tornaram-se amigos fiéis.
Cine Marília de meu namoro com a doce Cleuza, hoje minha esposa, e, que tanto marcou nossas vidas.
Cine Marília que veio abaixo por negligência de políticos e protetores da história de nossa cidade, que nada fizeram para preservá-lo, e por isso foi vendido e demolido.
Cine Marília que tanto marcou nossas vidas, que tanto influenciou o nosso futuro, quando dos primeiros pedaços vindos abaixo; confesso... Chorei; chorei como se perdesse alguém muito especial; chorei por ver ruir com ele uma grande parte de minha história de vida.
E será que só eu chorei?...
Corbi® – 22 Setembro 2006.
an artist's impression of Cine Marilia - by Juraci Néris & Nelson Ricci.
Jurai Néri & Nelson Ricci's impression of Cine Marilia.
Cine Marília's lobby with a counter displaying lollies & sweets that drove kids wild before the Sunday afternoon sessions. This photo was taken in Abril 1982, a few months before the Art-Deco cinema was shut down and demolished. The lolly-counter was set between the 2 main entrances to the actual auditorim. The entrances were only covered with two heavy curtains instead of wooden or metal doors more common in big cities like São Paulo.
Cine Marilia's outstanding front roll-up doors...
Demolição do Cine Marília em Abril 1984
Cine Bar gutted...
this is not Berlin in 1945... it's Marilia's main drag in April 1984.
they tear down the most beautiful Art-Deco building in the city while the population slumbers away... they had the nerve to advertise: 'Vende-se material usado!'
we're almost finished!
Valeu, Carlus por ter compartilhado conosco parte da história de Marília-SP com suas fotos e suas informações. Foram bons tempos aqueles - Cine Marília, Cine São Luiz, Cine Marília Pedutti e o Cine Santo Antonio. Quanta coisa rolou nessas casas de espetáculo.
ReplyDeleteSucessos!
Obrigado ao Cezar dos Reis pelo comentário. Infelizmente não incluí os Cines Santo Antonio e Pedutti, pois eles foram construídos depois que eu mudei da cidade (16 Dezembro 1960).
ReplyDeleteMARILIA
ReplyDeleteterra amada.Idolatrada.Sem que mais possa dela dizer.Vivi nela quando criança.Quando adolescente.De 1940*1955
Saudades de ti oh! minha doce Marília de encantos mil...
joão ribeiro padilha
80 de idade
071213 domingo as 1 5h10
João Ribeiro Padilha... que bom ler uma declaração de amor tão incrível assim... Marília está no meu coração também. Você viveu lá 15 anos... eu nasci lá e vivi até os 11 anos... mas ela ficou para sempre na minha memória.
ReplyDeleteQue tristeza ver as fotos das ruínas do Cine Marília. Quantos gibis eu trocava com outros garotos antes das matinês de domingo, que saudades da bomboniére, onde trabalhei ainda garoto. Depois que a sessão começava, enchia os bolsos de balas e entrava para assistir o que estivesse passando. Nunca mais esqueci Marília, onde vivi minha infância.
ReplyDeleteobrigado Almir Roveran pela visita e o comentário... sim, essas fotos dão muita pena... tb. fui muito feliz nesse local, para saber que ele NÃO existe mais... por pura preguiça e ignorância das autoridades locais...
ReplyDeleteGosto sempre de ler sobre Marilia, cidade que nasci e cresci. Gosto ainda mais de saber sobre o Cine Peduti e do meu biza Ezequiel, tive a felicidade de ter tempo de conhece-lo, uma pena n ter conseguido conviver mais. Nunca me esquecer, que mesmo bem idoso, pegava um punhado de milho e me levava ate a esquina de onde um dia foi o cinema, as pombas ja o esperavam e assim que ele chegava elas o cobriam dos pés a cabeça para comer. Que coisa... eu devia ter no máximo uns 4 ou 5 anos e tenho a imagem perfeita na minha cabeça. Obrigado pelo texto. Grande abraço.
ReplyDeleteEssa na foto é minha filha, que seria sua tataraneta, rs. Com 10 anos ja roubou minha conta do google.
DeleteParabéns, Maria Clara Mello Mello... o Ezequiel era conhecido pela população inteira de Marília... pelo menos por quem frequentava o Cine Marilia, que devia ser 90% da população...
DeleteTriste, demoliram o Cine Marilia! Não sabia, fez parte da minha infãncia e adolescência!
ReplyDeletePois é... a população de Marília deveria ter feito uma campanha para salvar o cinema... Poderiam tê-lo transformado em teatro ou um centro cultural... Mas qual nada... construíram um BANCO que poderia ser construído em qualquer lugar...
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