'Christ in Bronze' (青銅の基督 Seido no Kirisuto?) is a 1955 black-and-white Japanese film directed by Minoru Shibuya. It was entered into the 1956 Cannes Film Festival.
Isuzu Yamada & Eiji Okada.
Eiji Okada
Kazuko Okada
Osamu Takizawa
Shinobu Araki
Akira Ishihama
Kyōko Kagawa
Kinzo Shin
Isuzu Yamada
Até hoje não sei a razão de eu ter ido assistir esse filme. Talvez o título tenha chamado minha atenção: 'Os bárbaros invadem a terra'. Me lembro que era uma noite que havia procissão na igreja de São Bento. O desenrolar da história foi me 'pegando' e eu ficando cada vez mais petrificado no assento de madeira. Quando o filme acabou eu me senti aliviado, mas daí me lembrei que teria que ir p'ra casa sozinho. O medo dos 'monstros invasores' era muito grande. Caminhei p'ra casa - morava eu na rua Mato Grosso. Indo em direção à rua Paraná, atravessei a linha do trem e percebi que havia poucas pessoas na rua. Quando cheguei na rua Pedro de Toledo, não havia uma viva alma. O medo era tão grande que eu desembestei numa correria até chegar em casa na Mato Grosso, 393 em poucos segundos, com o coração na boca. Nunca mais esqueci tal filme.
Sinopse:
Um povoado perto do Monte Fuji é atacado por uma estranha criatura chamada MOGUERA que emite raios de calor intenso, provocando incêndios, terremotos e destruição. O exército e cientistas vão ao local combater a criatura e após destruí-la percebem que estão sendo invadidos por uma raça alienígena vinda do planeta Mysteroid, que foi arrasada pela guerra nuclear e que agora desejam viver na Terra.
Eles convidam os cientistas para uma reunião de paz e propõem que o Japão lhes ceda um espaço de 3 kilometros ao redor de sua instalação perto do Monte Fuji e exigem algumas mulheres da Terra para procriarem sua espécie em extinção devido aos efeitos da radiação provocada pela guerra de seu mundo.
O primeiro filme totalmente em TohoScope widescreen da magistral dupla Honda/Tsuburaya, num magnífico show de imagens e técnicas de efeitos, considerados a frente do seu tempo.
Presença da dupla de atores Kenji Sahara (como Joji Atsumi) e do consagrado Akihiko Hirata (como Ryoischi Shiraishi), os mesmos que repetiriam a dupla no ano seguinte no clássico The H-Man, vivendo outros personagens. The Mysterians teria uma continuação em 59, com atores diferentes no papel dos personagens Etsuko Shiraishi e o Dr. Adachi.
Aliás o final do filme The Mysterians foi alterado na versão dos Estados Unidos, quando um satélite americano segue atrás dos discos-voadores, até fora da atmosfera da Terra e na do Japão, o cientista Joji Atsumi alega que eles ainda dariam notícias de sua presença. Atração a parte, o Monstro Moguera (o nome foi baseado na palavra Mogura que quer dizer,"Toupeira" em Japonês) tinha sido inicialmente concebido para se parecer com Godzilla e teria espinhos na cauda, que foi retirado antes das filmagens. Na verdade, o monstro não fazia parte do roteiro original, mas por desejo do produtor Tomoyuki Tanaka, que queria um gigante monstro (marca inconfundível dos filmes de Ishirô e Tsuburaya), ele foi introduzido na história.
O bichão ficou, após o filme, expôsto no salão da Toho Studios, mas acabou destruido por um incêndio enorme causado por fogos artificiais em um show pirotécnico realizado durante as filmagens de "Nosutoradamusu no Daiyogen (em 1974). O veterano Takashi Shimura, que era o ator favorito e amigo pessoal de Akira Kurosawa, marca presença como o Dr. Adachi. Ele era um entusiasta dos filmes de Ishirô e pedia para fazer parte do elenco, atuando em vários filmes dessa fase.
Nos Estados Unidos esse foi o último filme distribuído pela RKO Pictures que fechou as portas logo depois, quando, então, a MGM assumiu a função, colocando Mysterians numa dupla com o sci-fi inglês First Man Into Space de 1959 nas salas de cinema. Visualmente bem concebido e com uma direção eficaz, The Mysterians se tornou cult imediatamente pelo público especializado, até bandas de rock (Question Mark & the Mysterians) passaram a usar o termo Mysterians.
O conhecido Gerry Anderson, criador de Thunderbirds, era um fã incondicional do filme e criou uma série em 1968 chamado Captain Scarlett and the Mysterons, numa homenagem aos aliens de Ishirô e Tsuburaya.
Imperdível espetáculo de sci-fi puro e autêntico, que marcou as plateias do cinema em sua época, pela beleza visual e história criativa.
para ler sinopse detalhada do filme: http://skreeonk.com/2011/10/20/
Kazuko Okada
Osamu Takizawa
Shinobu Araki
Akira Ishihama
Kyōko Kagawa
Kinzo Shin
Isuzu Yamada
'Cristo de Bronze', filme japonês de 1955, que concorreu no Festival de Cannes de 1956, se passava num Japão antigo, mostrando os horrores que sofriam os cristãos daquele país.
Não sei porque o exibidor do Cine Marilia resolveu passar a fita durante uma matinee de domingo de 1959.
Um filme branco-e-preto modorrento, violento e 'sem-graça' para a maioria da plateia constituída de uma petizada doida p'ra ver farwests, aventuras ou comedias. No entanto o filme foi passando e eu ficando cada vez mais apreensivo em meu assento. Não sei o que se passava nas cabeças das outras crianças. Algumas levantaram-se e foram embora. Eu continuei assistindo àquele horror... até culminar com a cena da 'mocinha' ter que pisar no tal 'Cristo de Bronze', pois essa era a 'deixa'. Quem pisasse no pobre Cristo estava 'limpo', e os guardas liberavam. Já, quem não pisasse mostraria a verdadeira identidade cristã, devendo ir p'ras salas de tortura e ter uma morte indigna. Saí do cinema em estado de choque e nunca esqueci o tal 'Cristo de Bronze'.
Nos anos 1950s, os filmes japoneses passavam na sessão das 14 horas de terças e quinta-feiras no Cine Marília. As comunidades nipônicas da região rural de Marília sabiam que essas tardes eram suas, alugavam ônibus que as traziam para o centro da cidade e abarrotavam o cinema. Outras vezes, dependendo do assunto, passavam filmes japoneses na 2a. sessão do Cine Marília. O filme abaixo passou na 1a. sessão e eu estava entre os espectadores.
Não sei porque o exibidor do Cine Marilia resolveu passar a fita durante uma matinee de domingo de 1959.
Um filme branco-e-preto modorrento, violento e 'sem-graça' para a maioria da plateia constituída de uma petizada doida p'ra ver farwests, aventuras ou comedias. No entanto o filme foi passando e eu ficando cada vez mais apreensivo em meu assento. Não sei o que se passava nas cabeças das outras crianças. Algumas levantaram-se e foram embora. Eu continuei assistindo àquele horror... até culminar com a cena da 'mocinha' ter que pisar no tal 'Cristo de Bronze', pois essa era a 'deixa'. Quem pisasse no pobre Cristo estava 'limpo', e os guardas liberavam. Já, quem não pisasse mostraria a verdadeira identidade cristã, devendo ir p'ras salas de tortura e ter uma morte indigna. Saí do cinema em estado de choque e nunca esqueci o tal 'Cristo de Bronze'.
Nos anos 1950s, os filmes japoneses passavam na sessão das 14 horas de terças e quinta-feiras no Cine Marília. As comunidades nipônicas da região rural de Marília sabiam que essas tardes eram suas, alugavam ônibus que as traziam para o centro da cidade e abarrotavam o cinema. Outras vezes, dependendo do assunto, passavam filmes japoneses na 2a. sessão do Cine Marília. O filme abaixo passou na 1a. sessão e eu estava entre os espectadores.
'Os bárbaros invadem a terra' 1957
Sinopse:
Um povoado perto do Monte Fuji é atacado por uma estranha criatura chamada MOGUERA que emite raios de calor intenso, provocando incêndios, terremotos e destruição. O exército e cientistas vão ao local combater a criatura e após destruí-la percebem que estão sendo invadidos por uma raça alienígena vinda do planeta Mysteroid, que foi arrasada pela guerra nuclear e que agora desejam viver na Terra.
Eles convidam os cientistas para uma reunião de paz e propõem que o Japão lhes ceda um espaço de 3 kilometros ao redor de sua instalação perto do Monte Fuji e exigem algumas mulheres da Terra para procriarem sua espécie em extinção devido aos efeitos da radiação provocada pela guerra de seu mundo.
O primeiro filme totalmente em TohoScope widescreen da magistral dupla Honda/Tsuburaya, num magnífico show de imagens e técnicas de efeitos, considerados a frente do seu tempo.
Kenji Sahara & diretor Ishiro Honda.
Presença da dupla de atores Kenji Sahara (como Joji Atsumi) e do consagrado Akihiko Hirata (como Ryoischi Shiraishi), os mesmos que repetiriam a dupla no ano seguinte no clássico The H-Man, vivendo outros personagens. The Mysterians teria uma continuação em 59, com atores diferentes no papel dos personagens Etsuko Shiraishi e o Dr. Adachi.
Aliás o final do filme The Mysterians foi alterado na versão dos Estados Unidos, quando um satélite americano segue atrás dos discos-voadores, até fora da atmosfera da Terra e na do Japão, o cientista Joji Atsumi alega que eles ainda dariam notícias de sua presença. Atração a parte, o Monstro Moguera (o nome foi baseado na palavra Mogura que quer dizer,"Toupeira" em Japonês) tinha sido inicialmente concebido para se parecer com Godzilla e teria espinhos na cauda, que foi retirado antes das filmagens. Na verdade, o monstro não fazia parte do roteiro original, mas por desejo do produtor Tomoyuki Tanaka, que queria um gigante monstro (marca inconfundível dos filmes de Ishirô e Tsuburaya), ele foi introduzido na história.
O bichão ficou, após o filme, expôsto no salão da Toho Studios, mas acabou destruido por um incêndio enorme causado por fogos artificiais em um show pirotécnico realizado durante as filmagens de "Nosutoradamusu no Daiyogen (em 1974). O veterano Takashi Shimura, que era o ator favorito e amigo pessoal de Akira Kurosawa, marca presença como o Dr. Adachi. Ele era um entusiasta dos filmes de Ishirô e pedia para fazer parte do elenco, atuando em vários filmes dessa fase.
Nos Estados Unidos esse foi o último filme distribuído pela RKO Pictures que fechou as portas logo depois, quando, então, a MGM assumiu a função, colocando Mysterians numa dupla com o sci-fi inglês First Man Into Space de 1959 nas salas de cinema. Visualmente bem concebido e com uma direção eficaz, The Mysterians se tornou cult imediatamente pelo público especializado, até bandas de rock (Question Mark & the Mysterians) passaram a usar o termo Mysterians.
O conhecido Gerry Anderson, criador de Thunderbirds, era um fã incondicional do filme e criou uma série em 1968 chamado Captain Scarlett and the Mysterons, numa homenagem aos aliens de Ishirô e Tsuburaya.
Imperdível espetáculo de sci-fi puro e autêntico, que marcou as plateias do cinema em sua época, pela beleza visual e história criativa.
para ler sinopse detalhada do filme: http://skreeonk.com/2011/10/20/
Ishiro Honda
Ishirō Honda (本多 猪四郎 Honda Ishirō), sometimes miscredited in foreign releases as “Inoshiro Honda”, (*7 May 1911 in Yamagata Prefecture, +28 February 1993) was a Japanese film director. His early film career included working as an assistant under the famed director, Akira Kurosawa.
Alongside his film duties, he was drafted into the Imperial Japanese Army during World War II in China and was a prisoner there when the war ended.
He is probably best known for his tokusatsu films including several entries in the Godzilla series. He directed the original Godzilla along with King Kong vs. Godzilla (1962), Mothra vs. Godzilla (1964), All Monsters Attack (1969) and many others until 1975. He also directed such tokusatsu films such as Rodan and Mothra. His last feature film was Terror of Mechagodzilla (1975).
The following years were spent directing various sci-fi TV shows. The superhero shows Return of Ultraman, Mirrorman and Zone Fighter were also his. In addition, he directed the cult film Matango.
At the end of his career he returned to working as an assistant director for his old friend Akira Kurosawa. Allegedly one segment of the Kurosawa film, Dreams, was actually directed by Honda following Kurosawa’s detailed storyboards.
Hishiro Honda sentia-se à vontade no meio de monstros...
Mauricio Diniz, ajudante do Cine Marília
Mauricio Diniz, ajudante do Cine Marília
Mauricio Diniz começou a trabalhar no Cine Marília em 1961, quando ainda era menino. Aqui ele nos conta sua própria história:
Meu primeiro emprego, acho que eu tinha uns 12 anos, foi de "carregador de filmes", cuja função era ir à estação, esperar o trem chegar de São Paulo e pegar os filmes que iam passar na cidade! Como eram muito pesados, me arrumaram uma carrocinha, aquelas que tinham rodas de ferro, p'ra carregar os filmes!
Os filmes japoneses eram exibidos as terças e quintas-feiras no Cine Marília! Nas 3as. e 5as. eu tinha que ir mais cedo, p'ra pegar os filmes japoneses, alguns proibidos para menores de 18 anos! Como eu já estava por ali, o senhor encarregado de projetar os filmes, esqueci o nome dele, me arrumava um cantinho e eu acabava vendo o filme!
Realmente, vinha japoneses de todos os cantos assistir aos filmes. O Cine Marília ficava lotado... ah, e também nestes dias, tinha a 2a. sessão, que reprisava o filme que passara durante o dia.
O material de propaganda dos filmes chegava antes. Funcionava assim: faziam a programação de todos os filmes que iam passar durante o mês e mandavam os cartazes correspondentes. E, sinceramente, não me lembro quem que os trazia. Eu só pegava os filmes, mesmo, que eu tinha que retirá-los, todos os dias, as 9 da manhã, na estação.
Tinha um outro rapaz, não consigo lembrar o nome, adulto, que ia comigo e que ficava encarregado de levá-los de volta à estação depois de serem exibidos. Ah, e tinha um detalhe: mandavam um só rolo de filme daqueles jornais-da-tela que passavam antes dos filmes principais. A sessão do Cine Marília começava as 7:00 horas e a do cine São Luiz, as 7:30. Quando acabava de passar o jornal no Cine Marília, eu tinha que pegar aquele rolo de filme quente p'ra caramba e levar correndo p'ro Cine São Luiz.
Eu saí de Marília em 1972. Normalmente, me lembro bem disto, eram 3 latas cada filme de longa-metragem. Aí tinha as que iam p'ro Cine Marília e as que iam p'ro Cine São Luiz. Mais a do jornal e as dos trailers. Era um peso danado... e eu que tinha que empurrar a carroça sosinho, pois o outro rapaz, metido a galã, não queria que as meninas o vissem fazendo isto! Até que um dia me enchi e não fui mais. Rapaz, agora estou me lembrando; tinha umas pessoas que me pediam p'ra arrumar cartazes dos filmes p'ra elas, mas, não me lembro se consegui fazer isto pra alguém.
'Os barbaros invadem a terra' de 1957.
Onde posso assistir esse do "Os Bárbaros Invadem a Terra" dublado ?
ReplyDeleteOlá, Guga... infelizmente não tenho ideia de como assistir 'Os Bárbaros Invadem a Terra' em português... Obrigado pela visita.
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