Friday, November 30, 2012

'Zwei blaue Augen' in Marilia


'Zwi blaue Augen' (Dois olhos azuis) 1955

Entre 1955 e 1960 eu estudei no Grupo Escolar Thomaz Antonio Gonzaga, na esquina da rua Pedro de Toledo com a rua Rio Grande do Sul. 

Nesses 5 anos, frequentei 3 anos o período da manhã; das 8:00 as 11:00; fiz o 2o. ano durante no segundo-período, das 11:00 às 14:00 e o período da tarde começava as 14:00 terminando as 17:00.

Durante esses 5 anos, me lembro que, algumas vêzes, a rotina escolar foi quebrada para algum acontecimento extraordinário. Me lembro quando a Coca Cola chegou em Marília. A companhia compareceu ao Grupo e distribuiu garrafinhas-chaveiros da Coca, além de distribuir réguas vermelhas com o logo-tipo da companhia. Não sei se isso era legal. Provavelmente não fosse. Imagina uma companhia de refrigerantes estrangeira chegando numa escola estadual, parando toda atividade escolar para fazer sua propaganda corporativa. Quem seria o governador de então? Carvalho Pinto ou outro político de direita, sem dúvida.

Mas, deixando a Coca Cola de lado, as vêzes, as aulas eram dispensadas e os alunos eram levados à alguma comemoração cívica acontecendo na Avenida ou outro lugar público.

Pelo menos 2 vazes, eu me lembro que os alunos do Grupo Escolar inteiro foram caminhando em fila indiana em direção ao Cine Marília, tendo abarrotado as dependências daquela casa de espetáculos. É gozado que não se precisava de autorização dos pais das crianças para as desviarem de seu currículo escolar.

Uma dessas vezes nos foi exibido um filme sobre os milagres de Nossa Senhora de Aparecida. Era um filme branco-e-preto mostrando as cenas mais manjadas das várias lendas relacionadas à Santinha.

Passado aproximadamente um ano, lá fomos nós do TAG, em fila, em direção ao Cine Marília novamente. Dessa feita era uma promoção da Kolynos, dentifrício mais popular do país. Não sei como tudo isso ainda está gravado em minha memória, mas foi a Kolynos que nos levou ao Cine Marília, e dessa vez para assistir um filme alemão realizado em 1955, chamado 'Dois olhos azuis' (Zwei blaue Augen), direção de Gustav Ucicky. Antes do filme projetaram alguns comerciais da Kolynos.

Marianne Koch & Claus Holm fazem o par romântico.
Fraulein Koch & director Gustav Ucicky; a ceguinha e o engenheiro.
a mãe da ceguinha faz o papel de 'bandida', sendo ciumenta do amor da filha pelo engenheiro.

Nós, crianças marilienses, estávamos acostumados a assistir filmes em cinemas barulhentos e lotados. O zum-zum de crianças conversando ou fazendo estrepulias nunca parava, mas assim mesmo eu não perdia o fio da história. Eu diria que 95% dos filmes nos anos 1950 eram em branco-e-preto. Raramente passava-se filme colorido nas matinees. 

Talvez 'Dois olhos azuis' nunca tivesse ficado retido em minha memória se não fosse algo espetacular que acontece nos últimos 5 minutos de projeção dessa história de amor, passada em Hamburg, entre uma ceguinha, sua mãe super-protetora e um engenheiro galã pelo qual a ceguinha se apaixona.

Lá pela metade do filme, resolve-se que a ceguinha irá se submeter a uma operação para tentar reverter sua situação de total escuridão. O drama vai se arrastando até os últimos 5 minutos, quando, finalmente lhe tiram as vendas dos olhos. E é justamente aí que acontece o milagre... A película que já passava de uma hora de duração se transforma em TECHNICOLOR assim que Marianne Koch percebe que consegue ENXERGAR as cores...

Que maravilha!!! Não me lembro exatamente o que se passou na platéia do cinema, já que não houve os gritos costumeiros de quando o mocinho bate no bandido. Mas houve uma total surpresa entre todos que estavam acostumados ao branco-e-preto e de-repente viram cores brilhantes na tela gigante do Cine Marília.

Foi um acontecimento inesquecível. Tão inesquecível que me lembro até hoje... passados mais de 40 anos. 
Marianne Koch, linda alemã, chegou a tentar Hollywood, sem muito sucesso.
A grande surpresa (e sacada) de 'Dois olhos azuis' é justamente nos 5 minutos finais, onde tudo se torna colorido, como a capa dessa revista alemã com a estrelinha Marianne Koch, que esteve no Brasil para o lançamento de 'Zwei blaue augen' em 18 Novembro 1959, em São Paulo; Em 1955 essa cena era considerada 'romântica'. Hoje seria vista com desdém pela maioria do público. 

Friday, November 23, 2012

Tin Tan & outros ídolos da molecada


Cantinflas era muito popular na America Latina. Mesmo aqui no Brasil conseguiu bastante fama, embora nós tivéssemos que ler as legendas de seus filmes... Mas para crianças que já estavam acostumadas a ler legendas desde a mais tenra idade, isso não era grande dificuldade.

Cantinflas era o rei da comédia mexicana. No entanto havia um 'outro' mexicano que sempre passava no Cine Marília também. Era o Tin Tan... uma espécie de 'Cantinflas dos pobres'. 

Na verdade o Tin Tan era mais bonito que o Cantinflas, embora isso seja uma questão de opinião. 






Germán Genaro Cipriano Gomez Valdés Castillo  * 19 Setembro 1915, mais conhecido como TIN TAN, ator, cantor e comediante, nascido na Ciudad de México, cresceu e iniciou carreira na Ciudad Juarez, Chihuahua. Tin Tan sempre usava roupas pachuco e a gíria pachuca em seus filmes, alguns com seu irmãos Manuel 'El Loco' Valdés e Ramón Valdés. Ele fez com que a língua dos pachucos ficasse famosa no Mexico. Valdés morreu em 29 Junho 1973, de câncer pancreático e complicações de cirrose e hepatite. 


Cantinflas no auge de sua carreira e J. Silva (?).

Monday, November 19, 2012

Cinema Japones em Marilia


'Christ in Bronze' (青銅の基督 Seido no Kirisuto?) is a 1955 black-and-white Japanese film directed by Minoru Shibuya. It was entered into the 1956 Cannes Film Festival.
Isuzu Yamada & Eiji Okada.

Eiji Okada
Kazuko Okada
Osamu Takizawa
Shinobu Araki
Akira Ishihama
Kyōko Kagawa
Kinzo Shin
Isuzu Yamada
'Cristo de Bronze', filme japonês de 1955, que concorreu no Festival de Cannes de 1956, se passava num Japão antigo, mostrando os horrores que sofriam os cristãos daquele país.

Não sei porque o exibidor do Cine Marilia resolveu passar a fita durante uma matinee de domingo de 1959.

Um filme branco-e-preto modorrento, violento e 'sem-graça' para a maioria da plateia constituída de uma petizada doida p'ra ver farwests, aventuras ou comedias. No entanto o filme foi passando e eu ficando cada vez mais apreensivo em meu assento. Não sei o que se passava nas cabeças das outras crianças. Algumas levantaram-se e foram embora. Eu continuei assistindo àquele horror... até culminar com a cena da 'mocinha' ter que pisar no tal 'Cristo de Bronze', pois essa era a 'deixa'. Quem pisasse no pobre Cristo estava 'limpo', e os guardas liberavam. Já, quem não pisasse mostraria a verdadeira identidade cristã, devendo ir p'ras salas de tortura e ter uma morte indigna. Saí do cinema em estado de choque e nunca esqueci o tal 'Cristo de Bronze'.

Nos anos 1950s, os filmes japoneses passavam na sessão das 14 horas de terças e quinta-feiras no Cine Marília. As comunidades nipônicas da região rural de Marília sabiam que essas tardes eram suas, alugavam ônibus que as traziam para o centro da cidade e abarrotavam o cinema. Outras vezes, dependendo do assunto, passavam filmes japoneses na 2a. sessão do Cine Marília. O filme abaixo passou na 1a. sessão e eu estava entre os espectadores.

'Os bárbaros invadem a terra'  1957

Até hoje não sei a razão de eu ter ido assistir esse filme. Talvez o título tenha chamado minha atenção: 'Os bárbaros invadem a terra'. Me lembro que era uma noite que havia procissão na igreja de São Bento. O desenrolar da história foi me 'pegando' e eu ficando cada vez mais petrificado no assento de madeira. Quando o filme acabou eu me senti aliviado, mas daí me lembrei que teria que ir p'ra casa sozinho. O medo dos 'monstros invasores' era muito grande. Caminhei p'ra casa - morava eu na rua Mato Grosso. Indo em direção à rua Paraná, atravessei a linha do trem e percebi que havia poucas pessoas na rua. Quando cheguei na rua Pedro de Toledo, não havia uma viva alma. O medo era tão grande que eu desembestei numa correria até chegar em casa na Mato Grosso, 393 em poucos segundos, com o coração na boca. Nunca mais esqueci tal filme.

Sinopse:

Um povoado perto do Monte Fuji é atacado por uma estranha criatura chamada MOGUERA que emite raios de calor intenso, provocando incêndios, terremotos e destruição. O exército e cientistas vão ao local combater a criatura e após destruí-la percebem que estão sendo invadidos por uma raça alienígena vinda do planeta Mysteroid, que foi arrasada pela guerra nuclear e que agora desejam viver na Terra.

Eles convidam os cientistas para uma reunião de paz e propõem que o Japão lhes ceda um espaço de 3 kilometros ao redor de sua instalação perto do Monte Fuji e exigem algumas mulheres da Terra para procriarem sua espécie em extinção devido aos efeitos da radiação provocada pela guerra de seu mundo.
O primeiro filme totalmente em TohoScope widescreen da magistral dupla Honda/Tsuburaya, num magnífico show de imagens e técnicas de efeitos, considerados a frente do seu tempo.
Kenji Sahara & diretor Ishiro Honda.

Presença da dupla de atores Kenji Sahara (como Joji Atsumi) e do consagrado Akihiko Hirata (como Ryoischi Shiraishi), os mesmos que repetiriam a dupla no ano seguinte no clássico The H-Man, vivendo outros personagens. The Mysterians teria uma continuação em 59, com atores diferentes no papel dos personagens Etsuko Shiraishi e o Dr. Adachi.
Kenji Sahara.

Aliás o final do filme The Mysterians foi alterado na versão dos Estados Unidos, quando um satélite americano segue atrás dos discos-voadores, até fora da atmosfera da Terra e na do Japão, o cientista Joji Atsumi alega que eles ainda dariam notícias de sua presença. Atração a parte, o Monstro Moguera (o nome foi baseado na palavra Mogura que quer dizer,"Toupeira" em Japonês) tinha sido inicialmente concebido para se parecer com Godzilla e teria espinhos na cauda, que foi retirado antes das filmagens. Na verdade, o monstro não fazia parte do roteiro original, mas por desejo do produtor Tomoyuki Tanaka, que queria um gigante monstro (marca inconfundível dos filmes de Ishirô e Tsuburaya), ele foi introduzido na história.

O bichão ficou, após o filme, expôsto no salão da Toho Studios, mas acabou destruido por um incêndio enorme causado por fogos artificiais em um show pirotécnico realizado durante as filmagens de "Nosutoradamusu no Daiyogen (em 1974). O veterano Takashi Shimura, que era o ator favorito e amigo pessoal de Akira Kurosawa, marca presença como o Dr. Adachi. Ele era um entusiasta dos filmes de Ishirô e pedia para fazer parte do elenco, atuando em vários filmes dessa fase.

Nos Estados Unidos esse foi o último filme distribuído pela RKO Pictures que fechou as portas logo depois, quando, então, a MGM assumiu a função, colocando Mysterians numa dupla com o sci-fi inglês First Man Into Space de 1959 nas salas de cinema. Visualmente bem concebido e com uma direção eficaz, The Mysterians se tornou cult imediatamente pelo público especializado, até bandas de rock (Question Mark & the Mysterians) passaram a usar o termo Mysterians.

O conhecido Gerry Anderson, criador de Thunderbirds, era um fã incondicional do filme e criou uma série em 1968 chamado Captain Scarlett and the Mysterons, numa homenagem aos aliens de Ishirô e Tsuburaya.

Imperdível espetáculo de sci-fi puro e autêntico, que marcou as plateias do cinema em sua época, pela beleza visual e história criativa.

para ler sinopse detalhada do filme:  http://skreeonk.com/2011/10/20/


Ishiro Honda 

Ishirō Honda (本多 猪四郎 Honda Ishirō), sometimes miscredited in foreign releases as “Inoshiro Honda”, (*7 May 1911 in Yamagata Prefecture, +28 February 1993) was a Japanese film director. His early film career included working as an assistant under the famed director, Akira Kurosawa.

Alongside his film duties, he was drafted into the Imperial Japanese Army during World War II in China and was a prisoner there when the war ended.

He is probably best known for his tokusatsu films including several entries in the Godzilla series. He directed the original Godzilla along with King Kong vs. Godzilla (1962), Mothra vs. Godzilla (1964), All Monsters Attack (1969) and many others until 1975. He also directed such tokusatsu films such as Rodan and Mothra. His last feature film was Terror of Mechagodzilla (1975).

The following years were spent directing various sci-fi TV shows. The superhero shows Return of Ultraman, Mirrorman and Zone Fighter were also his. In addition, he directed the cult film Matango.

At the end of his career he returned to working as an assistant director for his old friend Akira Kurosawa. Allegedly one segment of the Kurosawa film, Dreams, was actually directed by Honda following Kurosawa’s detailed storyboards.

Hishiro Honda sentia-se à vontade no meio de monstros...

Mauricio Diniz, ajudante do Cine Marília

Mauricio Diniz começou a trabalhar no Cine Marília em 1961, quando ainda era menino. Aqui ele nos conta sua própria história:

Meu primeiro emprego, acho que eu tinha uns 12 anos, foi de "carregador de filmes", cuja função era ir à estação, esperar o trem chegar de São Paulo e pegar os filmes que iam passar na cidade! Como eram muito pesados, me arrumaram uma carrocinha, aquelas que tinham rodas de ferro, p'ra carregar os filmes!

Os filmes japoneses eram exibidos as terças e quintas-feiras no Cine Marília!  Nas 3as. e 5as. eu tinha que ir mais cedo, p'ra pegar os filmes japoneses, alguns proibidos para menores de 18 anos!  Como eu já estava por ali, o senhor encarregado de projetar os filmes, esqueci o nome dele, me arrumava um cantinho e eu acabava vendo o filme!

Realmente, vinha japoneses de todos os cantos assistir aos filmes. O Cine Marília ficava lotado... ah, e também nestes dias, tinha a 2a. sessão, que reprisava o filme que passara durante o dia.

O material de propaganda dos filmes chegava antes. Funcionava assim: faziam a programação de todos os filmes que iam passar durante o mês e mandavam os cartazes correspondentes. E, sinceramente, não me lembro quem que os trazia. Eu só pegava os filmes, mesmo, que eu tinha que retirá-los, todos os dias, as 9 da manhã, na estação.

Tinha um outro rapaz, não consigo lembrar o nome, adulto, que ia comigo e que ficava encarregado de levá-los de volta à estação depois de serem exibidos. Ah, e tinha um detalhe: mandavam um só rolo de filme daqueles jornais-da-tela que passavam antes dos filmes principais. A sessão do Cine Marília começava as 7:00 horas e a do cine São Luiz, as 7:30. Quando acabava de passar o jornal no Cine Marília, eu tinha que pegar aquele rolo de filme quente p'ra caramba e levar correndo p'ro Cine São Luiz.

Eu saí de Marília em 1972. Normalmente, me lembro bem disto, eram 3 latas cada filme de longa-metragem. Aí tinha as que iam p'ro Cine Marília e as que iam p'ro Cine São Luiz. Mais a do jornal e as dos trailers. Era um peso danado... e eu que tinha que empurrar a carroça sosinho, pois o outro rapaz, metido a galã, não queria que as meninas o vissem fazendo isto! Até que um dia me enchi e não fui mais. Rapaz, agora estou me lembrando; tinha umas pessoas que me pediam p'ra arrumar cartazes dos filmes p'ra elas, mas, não me lembro se consegui fazer isto pra alguém.

'Os barbaros invadem a terra' de 1957. 

Sunday, November 18, 2012

1945 - War is over


O que diz essa foto?  Muitas crianças e adultos em frente ao Cine Marília num dia de sol dos anos 1940?

Acompanhe o desenrolar do que as pessoas do grupo de Marilia no Facebook pensaram a primeira vista:

'Que foto bacana, Fabio Vasconcelos. Obrigada por postar. Parece que era um Natal das crianças, tem uma outra imagem que tem esta legenda mas é de outro angulo. A cena e parecida'.  Wilza Aurora Matos Teixeira.

"Será que era Natal, Wilza?... tá parecendo um monte de entulho, rs.'   Fabio Vasconcelos.

'Pode ser Natal, sim! E em caso positivo, isso prova que a molecada era educada, sabia esperar a entrega dos presentes! Nos dias de hoje, o querido Arthur Lopes Garcia, o Tuta (faz esse trabalho há cerca de 30 anos!) precisa de escolta da PM p'ra fazer a distribuição dos brinquedos... Jornalista Oswaldo Machado.

'Pensei em Natal assim que vi tb... Penso que entulhos não teria aglomeração para ver, salvo se fosse implosão, o que nem se sonhava na época e a área seria interditada... Essas carinhas curiosas esperavam pelo bom velhinho de barbas brancas chamados Noel... é o que penso... mas que tb. parecem entulhos isso lá parece... vai ver estava no saco os brinquedos sem embalagem... fizeram doações e os pacotes eram feios... Eita imaginação... nem raciocina direito...brinquedos sem embrulhar. Não me achei ai...' Mary Profeta.

'Essa foto já foi postada antes, e me lembro que alguém disse que foi durante a II Guerra; o Brasil precisava de aluminio e ferro, e fizeram um apelo à população para que trouxessem p'ra frente do Cine Marilia tudo que pudessem... e é aquele 'monte' que se vê aí. Quem contou foi alguém que viveu a época. Eu nasci em 1949, portanto a Guerra já tinha terminado há 4 anos'. Carlus Maximus. 

'O Carlus está certo. Foi uma campanha nacional que Marilia se engajou. Só que ninguém sabe do resultado.... tal como a "Ouro para o Brasil" de 1932.' Nery Porchia.

'Carlus Maximus, fui eu quem falou sobre essa foto. Na época da II Guerra, as crianças das escolas saiam pelas ruas pedindo panelas em desuso, latas e qualquer material de alumínio, ferro etc. Entrávamos nos terrenos baldios, e o produto levávamos para a piramide. Eu tenho uma lembrança "triste", nojenta... Certa vez peguei uma lata que estava cheia de cocô e sujei as mãos... Aí foi aquela gritaria... fui à casa mais próxima para lavar as mãos e consegui um pouco de álcool, assim fiquei mais tranquila. Com esse fato não poderia nunca me esquecer das piramides da Avenida Sampaio Vidal... Quanto ao Ouro para o Brasil, me lembro que tio Edgard Santa Fé Cruz deu as alianças para cooperar.....( assim me foi falado pelo meu marido). Amelia Bertonha.

'Ótimo, Amelia Bertonha... desculpe não ter lembrado que tinha sido Você a fonte. Eu só não consegui fazer a ligação entre a presença de tantas crianças e um evento cívico. Agora você explicou o Porque das crianças estarem tão envolvidas... pois elas eram parte do Projeto de se conseguir mais Ferro e Alumínio para o Bem do Brasil. Obrigado pela informação. Não pude deixar de não rir quando li a parte do 'cocô'!!! Ainda bem que alguém lhe conseguiu um pouco de alcool para desinfetar as mãos! Carlus Maximus. 

No dia que carregaram vários vagões desse material, fomos todos escolares assistir a partida dos vagões... Juntaram no comboio os vagões de outras cidades da Alta Paulista! Foi uma festa... Houve muita motivação e as crianças estavam eufóricas.... Amelia Bertonha.   22 Novembro 2012.


Lázaro Jorge Silva aka Lazinho em 1940, numa rua de paralelepípedos e calçada de pedras portuguesas. 

Este elegante senhor é o Lázaro Jorge Silva, meu querido tio, pai da Cleomara Macera e irmão de Floriano Jorge; sendo por muitos anos o dono do Café Propheta de Marília. Chamado carinhosamente de Lazinho por familiares e amigos. Lazinho levou o nome de Marília, pela região, montando pontos de distribuição do Café Propheta em Baurú e São Paulo, onde morei e cresci numa Torrefação de Café.

Os Jorge eram, na verdade em 7 irmãos e uma irmã. Trabalharam ainda mocinhos na Cia. Paulista de Estrada de Ferro, onde o pai deles trabalhava. Depois alguns foram viver em outras cidades. Meu pai, José Jorge Silva, saiu da ferrovia para trabalhar no Café Propheta, com o Lazinho, seu irmão mais velho. Tios Floriano, Dimas e Nilo montaram torrefações em outras cidades. O Lazinho casou-se com a Odila Macera.

(Ana Luiza Jorge Gomes - 3 Dezembro 2012). Foto postada por Antonio Sergio Filho, sobrinho-neto do Lazinho.

A Casa Forin ficava na Avenida Sampaio Vidal, quase esquina com a Prudente de Moraes. Ao lado era o Café Avenida. (Nery Porchia).

o Café Propheta na Avenida Ipiranga...
Rua 9 de Julho, entre rua Nelson Spielmann e Pedro de Toledo, vendo-se a Santa Casa lá no fundo. Aglomeração causada pela distribuição de presentes de Natal para os pobres da redondeza por uma Loja Maçonica. 
Christmas 1941 on rua 9 de Julho...

Essa foto da Avenida Sampaio Vidal deve ser de 1942. Nota-se à direita um automóvel dotado de aparelho de gasogenio, comum à época visto o racionamento de combustíveis durante a II Guerra Mundial. Luiz Carlos Morilhas.

1 9 4 5  War is over

1945 celebrations of the home-coming of  the brave soldiers (Expedicionarios) who had fought WWII in Italy - rua 9 de Julho looking down towards the train line.
Marilia High School students came in their uniforms.

Av. Sampaio Vidal packed with people who came to see the Parade of those returning soldiers who fought WWII in Italy. One can see Bilhar Avenida and Casa Octavio in the back.
High School students parade through main drag... Avenida Sampaio Vidal while people mount on ledges to watch them pass by.
10 Agosto 1945.
10 August 1945. One can see Edificio Ouro Verde being erected on the right.

some photos provided by Ronaldo Ferreira through Facebook.

Banco Brasileiro de Descontos na Avenida. 


1945




Avenida Castro Alves in 1946...